O bombeiro que chegou ao cenário de destruição logo nas primeiras horas, com dia escuro e sem a perspectiva exata da extensão do desastre. O repórter fotográfico que registrou a angústia de um pai orientando equipes de salvamento no resgate do corpo do filho. O outro pai que chegou a segurar a mão da filha, antes de ela ser arrastada pela lama.
Personagens do documentário Memórias Rompidas – um ano depois da lama, produzido pela TV Assembleia de Minas Gerais. O filme estreia neste sábado, 5 de novembro, exatamente um ano após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), que oficialmente matou 19 pessoas. A vigésima morte seria de um bebê que sequer tinha o sexo conhecido, cuja mãe, que fazia aniversário naquele 5 de novembro, sofreu um aborto ao ter sido engolida pela avalanche de rejeitos de mineração, enquanto vivia o terceiro mês de gestação (felizmente, a mãe Priscila Monteiro sobreviveu, e hoje luta para que o filho ou filha seja reconhecido na contagem oficial de mortos).

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O documentário deixa ainda um apelo, por meio de uma hashtag: #NãoEsqueçaMariana. Necessário e urgente, já que, um ano depois, os atingidos ainda não sabem quando serão indenizados, nem quando as empresas autoras da tragédia serão responsabilizadas pela justiça brasileira.
Memórias Rompidas vai ao ar neste sábado, a partir das 20h, na TV Assembleia de Minas. A transmissão será feita também pela internet, em tempo real, pelo site www.almg.gov.br/tv.
Veja trechos do filme, disponíveis no hotsite criado especialmente para o lançamento: http://www.almg.gov.br/hotsites/2016/mariana/index.html
Abaixo, um dos cinco episódios: “A pequena Emanuelly”
Ficha técnica:
Memórias Rompidas – um ano depois da lama
Produção: Tatiane Fontes
Edição: Erick Araújo
Imagens: Alex Ramos
Assistente de câmera: Wenderson Santos
Realização: TV Assembleia/MG
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