
Deputados saíram da Comissão de Direitos Humanos após eleição de Feliciano
Na questão de ordem, Jandira lembrou que as comissões permanentes da Câmara possuem autonomia para criar até três subcomissões temporárias, desde que o tema tenha conexão com o colegiado. Ela criticou também o fato de Henrique Alves tomar a decisão sem antes conversar com os integrantes da Comissão de Cultura. “Lamento que vossa excelência (…) deferiu a aniquilação de uma subcomissão, a anulação dela, ferindo gravemente, na minha opinião, algo que nunca aconteceu na Câmara dos Deputados, a autonomia de uma comissão permanente”, disse Jandira.
O presidente da Câmara extinguiu a subcomissão após um pedido feito em abril pelo deputado João Campos (PSDB-GO), ex-presidente da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso. “A Casa tem regras, senão, vira uma bagunça. E essa subcomissão foi criada por deputados com o desejo de criar um outro fórum, uma outra arena de discussão, sem enfrentar o debate na comissão permanente”, disse o deputado ao portal UOL.
Na quarta-feira, Henrique Alves respondeu a Jandira. Segundo o peemedebista, o regimento interno da Câmara foi seguido para extinguir a subcomissão. “Não houve nenhuma violação, deputada. A Comissão de Cultura criou uma Subcomissão Permanente de Direitos Humanos, conflitando com a Comissão Técnica Permanente de Diretos Humanos”, afirmou.
A subcomissão surgiu após a eleição do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos. Parlamentares como Jean Wyllys (Psol-RJ), Erika Kokay (PT-DF), Luiza Erundina e Domingos Dutra (SDD-MA) decidiram abandonar o colegiado em protesto. Na sequência, formaram a subcomissão. “Já estamos reagindo formal e oficialmente à decisão de Henrique Eduardo Alves, pedindo o retorno da subcomissão e a volta de seus trabalhos”, afirmou Jean em sua conta na rede Instagram.
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