
Miguel Reale Júnior, autor do pedido de impeachment de Dilma Rousseff, afirmou que país não aguentaria mais um processo de impedimento. Ele pede que Temer renuncie
Reale Júnior, autor do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, afirmou que o caso é “nada republicano, inadmissível” e, apesar de se enquadrar nas hipóteses de impeachment, o “Brasil não aguentaria” um novo processo de impedimento de seu presidente. “Seria melhor se ele renunciasse, um novo processo de impeachment é um processo muito doloroso, o país está no momento de início de saída da recessão”, disse. Para Reale, Temer deveria ter mandado prender Batista, e não “ter ficado em silêncio e anuído.”
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O jurista também afirmou que o Brasil não aguentaria eleições diretas no momento, e que isso seria “conturbar o país” e criaria “imensa insegurança jurídica”. “Aí é até golpe, mudar a constituição para ter eleições diretas”, disse durante a entrevista. Para ele, é necessário que o Congresso eleja uma “figura isenta” e “com experiência administrativa”. Ele cita como exemplos os senadores Álvaro Dias (PV-PR) ou Cristovam Buarque (PPS-DF) para a tarefa de assumir o país via eleições indiretas.
Ele encerrou a entrevista afirmando que seria melhor que Temer renuncie, pois “é necessário um pouco de amor por esse país, pelo amor de deus”, pedindo ainda a indicação de um nome de “grandeza e respeitabilidade” pelo Congresso.
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