Durante décadas, o restaurante Piantella foi sinônimo de poder em Brasília. Mais do que isso, “o restaurante do Poder” era um aposto, quase uma extensão do nome da Casa. Um lugar com muitas lendas, bastidores, intrigas, conchavos e muitos acordos de políticos que fizeram história. Se a gente fosse praticar um exercício, uma espécie de transposição musical do repertório do Caetano, o Piantella podia ser “a mais completa tradução” da capital federal. O restaurante do doutor Ulysses, o Senhor Diretas, reduto de muitos partidos e de presidentes dos três Poderes da República. Pois o Piantella renasce, para alegria de todos nós. Reabriu nesta semana, e promete bons momentos gastronômicos com sabor de túnel do tempo.
É uma bela notícia! Produto raro no mundo da política e da economia nos dias atuais. As notinhas publicadas na imprensa e nas colunas da capital vão dando o tempero do que vem por aí. O novo proprietário é um expert do ramo: o restaurater Omar Peres, já resgatou dois ícones da gastronomia carioca, o Bar da Lagoa e o La Fiorentina. Como ele mesmo disse ao ex-dono, o advogado criminalista Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay: “Quero reabrir esta instituição que é o Piantella”. Voilá!
Leia também
A cidade agradece e aplaude.

Restaurante tradicional de Brasília foi palco de grandes articulações na formação da Nova República
Lembro do picadinho do Piantella, imbatível. Da cavaquinha. Do couvert, que eu adorava. E o clássico sorvete de creme com calda de chocolate quente, calórico até não poder mais … A calda vinha numa jarrinha branca deixada na mesa para o caso da gente querer repetir.
Leio que o novo Piantella terá fotografias inéditas do Orlando Britto, algumas inéditas de cenas da capital.
Um bom presente para Brasília!